O museu do Louvre reune pela primeira vez, uma das mais excepcionais coleções de pastéis européus dos séculos XVII e XVIII. A coleção apresenta 120 pastéis, dentre eles, algumas obras-primas, como o Retrato da marquesa de Pompadour, pelo artista Maurice Quentin de La Tour. A técnica da pintura em pastel, é utilizada desde o final do século XV, e ganhou força, em especial, na Itália e na França durante o século XVIII. Entre os mestres mais talentosos da arte do pastel, estão a artista italiana, Rosalba Carriera e os pintores franceses, Jean-Etienne Liotard, Maurice Quentin de La Tour, François Boucher, Elisabeth-Louise Vigée Le Brun, Jean-Baptiste Siméon Chardin, ou ainda Jean-Marc Nattier… que marcaram a histόria da arte trabalhando com a técnica do pastel, em especial, durante os reinados de Luίs XV e Luίs XVI. Foi uma técnica muito utilizada por grandes pintores contemporâneos, como Edgar Degas, Odilon Redon e Pablo Picasso.
A técnica da pintura em pastel
Essas obras de extrema fragilidade foram executadas com com um pό colorido comparado àquela camada fininha que cobre as asas da borboleta.
A fim de criar pastéis duros e macios, os pigmentos são moídos em uma pasta com água e um aglutinante de goma e, em seguida, enrolados ou pressionados em palitos. O nome “pastel” vem do latim medieval Pastellum, pasta de malha, ou apenas pasta. A palavra francesa pastel apareceu pela primeira vez em 1662. A maioria das marcas produz gizes de uma cor, cujo pigmento original tende a ser escuro, desde pigmento puro até quase branco, misturando diferentes quantidades de giz. Esta mistura de pigmentos com gizes é a origem da palavra “pastel” em referência a “cor pálida”, pois é comumente usado em cosméticos e na moda.
Quando totalmente coberto com pastel, o trabalho é chamado de pintura em tons pastel; quando não, um esboço pastel ou desenho. As pinturas em Pastel, sendo feitas em um meio que possui a maior concentração de pigmento de todos, refletem a luz sem refrear o escurecimento, permitindo cores muito saturadas.
A fragilidade do pastel
A passagem do tempo, que é um problema para as tintas a óleo e para a aquarela, não altera as obras feitas com pastel. A única desvantagem do pastel é a pouca aderência, por ser um pó. Ou seja, ele é facilmente desprendido da superfície. Mas o problema pode ser resolvido por meio de fixadores e ou por meio do emolduramento das obras, considerada uma proteção contra a luz, o calor e a umidade.
Esta coleção do museu do Louvre foi restaurada graças ao mecenato e patrocίnio da fundação American Friends of the Louvre.
O Retrato da famosa Marquesa de Pompadour
Madame de Pompadour foi uma das raras mulheres tendo desempenhado um papel preponderante na vida artίstica, intelectual e polίtica do século XVIII. Amante oficial do rei Luίs XV, a famosa « Favorita » do monarca é representada em seu gabinete em seu papel de protetora das artes. Maurice Quentin de La Tour representa a marquesa, rodeada por atributos que simbolizam a literatura, a música, a astronomia e a gravura. Fazendo-se representar com tais referências artίsticas e literárias Madame de Pompadour objetiva chamar a atenção de Luίs XV para a extraordinária evolução intelectual, moral, filosόfica e polίtica, efervecentes em Paris naquele perίodo e, dificilmente assimiladas na Corte de Versalhes, restrita à sua etiqueta e princίpios.
A vida e a influência das Favoritas dos rei da França é um dos temas abordados durante nossa visita guiada no Palácio de Versalhes. Oh ! Versalhes ! se aquelas paredes falassem !
A exposição « En société : Pastels du Louvre des XVIIe et XVIIIe siècles », fica no Louvre até o dia 10 de setembro de 2018.
O mesmo bilhete de visita do museu é válido para o acesso à essa exposição sublissime !
O Museu do Louvre possui um acervo de 38 mil obras expostas em 66.000 metros quadrados de galerias de exposição e oferece ao visitante a possibilidade de inúmeros temas de visita.
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