Uma antiga fábrica de fundição, datada de 1835, foi inteiramente reformada para sediar o primeiro Centro de Arte Digital de Paris, o L’Atelier des Lumières. O espaço de 2 000 m² recebe desde abril deste ano, exposições imersivas monumentais nas quais as obras de arte são desmaterializadas, projetadas em paredes volumosas, tetos e pisos. As projeções são acompanhadas de trilha sonora com peças de Wagner, Beethoven, Chopin e Rachmaninov, proporcionando ao visitante uma verdadeira experiência sensorial e emocional, aproximando-o das obras e de grandes nomes da histόria da arte. A temporada inicial destaca três importantes nomes da cena artίstica vienense: Gustav Klimt (1861-1918), pintor simbolista, Egon Schiele (1890-1918), pintor, poeta e desenhista e Friedensreich Hundertwasser (1928-200), arquiteto e pintor.
O L’Atelier des lumières é dividido em dois espaços : La Halle e Le Studio. O primeiro apresenta um ciclo de exposições alternando um programa longo, dedicado a grandes figuras da histόria da arte, à exemplo dessa primeira mostra de Klimt, Schiele e Hundertwasser, prorrogada até 6 de janeiro de 2019. O Le Studio é destinado a exposições curtas, dedicado à criação digital contemporânea, de jovens artistas ou artistas reconhecidos.
Klimt, Schiele e Hundertwasser: unidos pela arte
Na Viena imperial do final se século XIX, Gustav Klimt surge como um dos grandes pintores decorativos dos suntuosos monumentos da Ringstrasse. O artista se impõe como lider da Sécession vienense, movimento que aspira à uma mudança profunda da arte. Celebrado e ao mesmo tempo contestado, Klimt abre caminho para a pintura moderna. O ouro e os motivos decorativos, caracterίsticos de sua obra, permanecerão um sίmbolo dessa revolução artίstica. A exposição imersiva apresenta um resumo do que fez a singularidade e o sucesso de Klimt: sua fase dourada (telas com folhas de ouro), retratos e paisagens.
O dois outros grandes artistas vienenses presentes na exposição imersiva: Egon Schiele e Friedensreich Hundertwasser foram influenciados pelo trabalho de Klimt. Entusiasmados pela efervescência artίstica caracterίstica do final do século XIX, Schiele inova na representação de motivos de paisagem e do corpo humano, enquanto Hundertwasser, imprime uma dimensão simbόlica às suas construções arquiteturais e pinturas.
“Retrato de Adele Block-Bauer I”, de 1907, de Klimt, mais conhecida como “A Mulher de Dourado, é uma das obras projetadas na exposição.
Atravessando 100 anos da pintura vienense, a exposição imersiva propõe um olhar original sob a obra de Klimt e de seus sucessores através de uma viagem entre sons, luzes e cores, por retratos, paisagens, nus e dourados que revolucionaram a pintura vienense do final do século XIX ao inίcio do século XX.
Compartilhei vários vίdeos com vocês que ficarão nos Destaques dos Stories até o final da exposição, prevista até 6 de janeiro de 2019.
Recomendo a compra antecipada do ingresso pelo site oficial https://www.atelier-lumieres.com/
Aberto todos os dias 10h – 18h | sextas e sábados até as 22h
38 rue Saint Maur 75011 Paris
Metrô: Rue Saint-Maur – Linha 3 / Père Lachaise – Linha 2 e 3 / Voltaire – Linha 9
Falo da BIENAL Paris nesse link.