Desde 2008, o Palácio de Versalhes organiza a cada ano, uma exposição contemporânea de um artista renomado, francês ou estrangeiro. Jeff Koons em 2008, Xavier Veilhan em 2009, Takashi Murakami em 2010, Bernar Venet em 2011, Joana Vasconcelos em 2012, Giuseppe Penone em 2013, Lee Ufan em 2014 e em 2015, Versalhes recebeu a controversa exposição de Anish Kapoor. Todos esses artistas estabeleceram um diálogo original entre suas obras e o Palácio de Versalhes e seus jardins.
Nesse verão, o artista convidado é o dinamarquês Olafur Eliasson, conhecido internacionalmente por suas instalações espetaculares em capitais mundiais como Londres e Nova Iorque. A obras de Olafur exploram a luz, a percepção e o movimento para criar experiências que ficam – nos olhos e na cabeça – de quem as vê. Intervenções como a do grande hall da Tate Modern de Londres – The Weather Project (2003) – ou a que “uniu” Manhattan e Brooklyn, The New York City Waterfalls (2008), revelam-no como um mestre da ilusão, sempre disponível para plantar dúvidas e para surpreender.
Aos 49 anos, Olafur se define com um artista engajado na vida, na realidade do mundo, no progresso. Le Studio, seu atelier sediado em Berlim, é baseado nesse engajamento.
O studio Eliasson é considerado hoje, um dos mais importantes do mundo da arte e conta atualmente com cerca de 80 colaboradores de nacionalidades e competências diversas. A maior parte da equipe é composta por arquitetos, mas também integra artistas, técnicos e historiadores de arte.
Sua linguagem artística se define através da exploração de espaços que dão vazão a intervenção do espectador, para quem é transferido o papel de ator. Para tanto, uma ampla margem de liberdade é deixada a cada um, para que possa se apropriar e interpretar as obras de forma muito pessoal.
Em Versalhes, da majestosa Galeria dos espelhos aos simétricos bosques de André Le Nôtre, Olafur brinca com a luz, a bruma, a água e o gelo. No interior do palácio as intervenções são sutis, baseadas em espelhos e luzes. O olhar do espectador é fundamental para apreciar o jogo de espelhos posicionados um defronte ao outro, criando um efeito de reflexo infinito.
Atraído pelo conceito de desmateralização, nos jardins, a água é o elemento principal explorado pelo artista, que instala no eixo central do Grande Canal, uma cascata artificial de mais de 30 metros de altura.
“Com Olafur Eliasson as estrelas colidem, o horizonte escorrega e a nossa percepção fica enublada. O homem que brinca com a luz fará com que os contornos do palácio do Rei-Sol dancem”, disse na apresentação da exposição a presidente do Palácio de Versalhes, Catherine Pégard.
Três obras do artista estão instaladas no interior do castelo e outras três, nos jardins, que têm acesso gratuito, exceto em dias e datas excepcionais quando ocorre o espetáculo das águas nos jardins de Versalhes.
Aproveite para conferir a exposição Olafur Eliasson, apreciando os jardins do « Rei Sol » e degustando um pic nic gourmet, preparado por nossa equipe. Detalhes no link.
Imagens cedidas pelo Service Presse du Château de Versailles.