Para comemorar os 70 anos de criação do biquíni, a Galeria Joseph-Froissart apresenta a exposição “Le bikini a 70 ans” (O biquíni faz 70 anos) que conta sua história e a maneira como o biquíni se tornou um símbolo de uma geração descomplexada e o clássico do verão.
O biquíni é criação de um engeheiro francês Louis Réard, que interessado pelo mercado de roupas de banho, decidiu testar sua invenção nos lugares mais badalados frequentados pela alta sociedade. O nome é uma referência ao atol de Bikini, onde os Estados Unidos realizava testes atômicos em 1946. Gênio do marketing antes da hora, Réard pensou em tudo, inclusive em um slogan de impacto: “biquíni: uma bomba atômica”.
Mostrar o umbigo de uma mulher em público, algo inédito na época, não foi bem visto pela imprensa de um país que ainda se recuperava do trauma da 2ª Guerra Mundial. Criticado inclusive pelos jornalistas, o biquíni não conquistou a adesão imediata e demorou quase 15 anos para virar um fenômeno de moda planetária. Antes disso, sob a pressão da Igreja Católica, chegou a ter sua venda proibida pelos governos da Itália, Espanha e Bélgica.
Sucesso no cinema
A explosão veio bem mais tarde, principalmente por conta do cinema. Se as pin-up dos anos 50 ajudaram a popularizar a imagem do biquíni, com versões bem mais comportadas que os modelos apresentados inicialmente em Paris, as atrizes de Hollywood tiveram um papel indispensável nesse processo. Cenas de Marilyn Monroe, Ava Gardner e Elizabeth Taylor com seus corpos esculturais fazem parte dos pilares da construção do mito. A tal ponto que em 1960 a peça do vestuário virou hit musical com a canção “Itsy Bitsy Teeny Weeny Yellow Polkadot Bikini”, interpretada originalmente por Brian Hyland, e que virou o “Biquíni de bolinha amarelinha” nas ondas de rádio brasileiras. Quem não se lembra ?
Brigitte Bardot causou furor ao posar de biquíni, aos 18 anos, na praia do hotel Carlton durante o Festival de Cinema de Cannes. A aparição certamente contribuiu para o sucesso de “E Deus Criou a Mulher“, filme protagonizado pela atriz francesa, que estreou três anos mais tarde.
A mostra composta principalmente por fotografias, traz cerca de 70 imagens, além de alguns modelos “vintage” e diversas curiosidades sobre a história da famosa peça.
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