Alguns dos mais belos e interessantes castelos da França se encontram a menos de 1 hora de Paris. Neste post, cito os mais famosos e os mais visitados. Majestosa arquitetura e acervos prestigiados, Versalhes, Chantilly, Fontainebleau e Vaux le Vicomte têm ainda em comum, extraordinários “jardins à francesa”, realizados pelo mesmo paisagista, Andre Le Nôtre, paisagista da Corte de Luís XIV.
Sumário
ToggleEsses passeios podem ser realizados em 5 horas, incluindo o trajeto de carro, de ida e de volta para Paris. Claro ! para uma visita suscinta, pois para conhecê-los em detalhes, é preciso prever pelo menos 1 dia inteiro e por quê não, várias visitas !
Palácio de Versalhes
O mais conhecido, o mais visitado ! é preciso reservar um dia inteiro para poder visitar todo o Domínio de Versalhes, que abrange o Palácio de Versalhes, seus excepcionais jardins, os palacetes Trianon e Petit Trianon e ainda o Hameau de la Reine, famoso vilarejo de Maria Antonieta.
Para uma primeira visita vale muito a pena, pelo menos visitar o Palácio e parte dos imensos jardins. O circuito de visita do Palácio de Versalhes inclui notadamente, os sete majestosos salões de aparato onde se passava a vida pública do rei Luis XIV, o célebre « Rei Sol ». Do Salão de Mercúrio ao Salão da Paz, passando pela prestigiada Galeria dos Espelhos, o visitante se impressiona com a suntuosa decoração e mobiliário de época. Versalhes é muito turístico ? Sim. Mas vale muito a pena ver de perto um dos maiores símbolos da excelência artística do século XVII, que ficou conhecido como o « século das artes ».
Castelo de Chantilly
O Castelo de Chantilly está localizado em um vasto domínio florestal de 7 800 hectares, a 1 hora de Paris.
Os Montmorencys, proprietários do Domínio até 1632, contruíram um castelo medieval, reabilitado e remanejado, posteriormente, no estilo de inspiração Renascentista. Desde a Idade Média, o Domínio de Chantilly perteceu a grandes famílias de príncipes da França. Hoje em dia, essa ilustre herança reforça o renome de tão importante testemunho do patrimônio francês.
O passeio a Chantilly compreende a visita do Castelo de Chantilly, que abriga o Museu Condé, primeiro museu de pinturas antigas da França, seguido do Louvre. O Museu é formado por uma dezena de salas, com mais de 800 obras-primas da pintura francesa, italiana, flamenga e inglesa de grandes mestres. Terminada a visita do castelo, é hora de passear pelos jardins de Chantilly, na realidade um extenso parque, com vastos espelhos d’água, que refletem o céu, inúmeros jatos d’água, fontes e belíssimas estátuas. Ainda no Domínio de Chantilly, é possível visitar o Museu Vivo do Cavalo, que além de uma coleção que agrada adultos e crianças, promove ao longo do ano, espetátulos equestres de alto padrão.
Castelo de Fontainebleau
Situado a aproximadamente sessenta quilômetros ao sudeste de Paris, o Castelo de Fontainebleau foi uma das residências dos soberanos da França, desde Francisco I até Napoleão III. Muitos reis deixaram nele sua marca, tanto em sua construção, quanto em sua história. O lugar é, desde a Idade Média, um verdadeiro testemunho de diferentes períodos da História da França.
Fontainebleau testemunhou grandes caçadas reais, casamentos e batizados. Capecianos, Valois, Bourbons, Bonapartes ou Orléans, cada um dos membros das diferentes dinastias, que reinaram na França, sucederam-se no castelo. Reis e rainhas, imperadores e imperatrizes empenharam-se em embelezar o lugar, que foi construído em torno de um Forte.
Os grandes apartamentos do castelo evidenciam a vida luxuosa da Corte, os aposentos de Napoleão I, o museu chinês da Imperatriz Eugenie, os pequenos apartamentos e o museu “Napoleão I”, dedicado a Napoleão e sua família. Aliás, o circuito relacionado a Napoleão Bonaparte é bastante didático e completo.
Os jardins do Castelo de Fontainebleau são vastos com belos ângulos para fotos !
Castelo de Vaux le Vicomte
Por fim, o Castelo de Vaux le Vicomte é mais uma bela descoberta, sua construção resulta da aliança perfeita dos conhecimentos do arquiteto Louis Le Vau, do pintor-decorador, Charles Le Brun e do jardineiro-paisagista, André Le Nôtre. Esses últimos, reunidos por Nicolas Fouquet, superintendente de finanças de Luís XIV, realizaram um dos mais belos exemplos de integração entre arquitetura e paisagismo do século XVII.
Grande financista, apreciador de literatura e artes, Nicolas Fouquet adquiriu a propriedade de Vaux le Vicomte aos 26 anos de idade e ali construiu seu pequeno castelo. Vinte anos mais tarde, em 1661, transformou-o em uma obra-prima.
Desde a sua inauguração, na célebre festa de 17 de agosto de 1661, Vaux le Vicomte suscitou a inveja do rei Luís XIV, que não perdoou Fouquet por ter ofuscado sua própria glória. Fouquet teve sua prisão perpétua decretada pelo “Rei Sol”, que se inspirou em Vaux para construir Versalhes.
Com um canal, bosques e três mil metros de contruções, Vaux Le Vicomte surpreende por sua harmonia e bom gosto. A visita ao Castelo oferece a possibilidade de múltiplas descobertas, que vão de suas coleções de mobiliário e tesouros artísticos aos seus vastos jardins.
Visito esses castelos com muita frequência e a cada visita minha dúvida é a mesma, não sei se gosto mais dos castelos ou dos jardins de Le Nôtre. Todos são maravilhosos, dentro de suas particularidades.
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Estou sempre mostrando nossos passeios e visitas culturais no Snapchat #beminparis. Espero já ter a sua companhia por lá.