Com a pandemia, as exposições de 2020 ficaram comprometidas. Felizmente, o Grand Palais pôde abrir por uns meses e nesse intervalo fui conferir a exposição Pompeia, uma das mais esperadas da temporada.
Sumário
ToggleFiquei impressionada com os efeitos especiais, que davam mesmo a sensação de imersão na antiga cidade de Pompeia e de por alguns instantes, se colocar no lugar daquele povo no momento da erupção do Vesúvio. O barulho, as imagens, a iluminação das salas, tudo foi programado para que visitante da exposição pudesse mesmo fazer essa volta no tempo.
Mostrei a exposição Pompeia nos Stories do perfil @beminparis no Instagram e muitos dos seguidores comentaram ter estado no sítio arqueológico de Pompeia e reviveram um pouco da viagem através dos videos que fiz.
Pompeia: antes de depois da erupção do Vesúvio
Pompeia foi uma cidade do Império Romano situada a 22 km da cidade de Nápoles, na Itália, no território do atual município de Pompeia. A antiga cidade foi destruída durante uma consequente erupção do vulcão Vesúvio no ano 79, que provocou uma intensa chuva de cinzas soterrando inteiramente a cidade. Foi Carlos III da Espanha quem lançou a primeira campanha de escavações arqueológicas em Pompeia em 1748. Desta época até a metade do século XX, dois terços da superfície original da cidade foram descobertos.
Cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.
Em 2017, novas escavações foram organizadas com o objetivo de proteger as margens dos espaços ainda inexplorados e novos vestígios foram encontrados. Parte dos objetos expostos nessa exposição do Grand Palais são oriundos dessas escavações recentes.
Classificada como Patrimônio Mundial pela UNESCO, juntamente com Herculano e Torre Annunziata, Pompeia é uma das atrações turísticas mais populares da Itália.
Como o Vesúvio destruiu Pompeia
O Vesúvio entra em erupção após oito séculos de inatividade. Em apenas 30 horas, ele jorra sobre Pompeia e arredores aproximadamente 4 km³ de pedras e de cinzas.
Segundo historiadores, dias antes da erupção, alguns tremores de terra teriam sido sentidos pelas comunidades instaladas perto do vulcão, sem que a população pudesse prever tal erupção, quando na época aquela montanha era vista simplesmente como uma montanha sagrada.
As escavações arqueológicas permitiram identificar traços extraordinários da vida cotidiana de Pompeia, como joias, esculturas, cerâmicas, testemunhos das vidas interrompidas pela erupção em 79 d.C., como sugerem as últimas descobertas.
Os incríveis afrescos de Pompeia
O grande número de afrescos encontrados nos muros das casas de Pompeia representa não somente uma oportunidade única de estudo da pintura no mundo romano e de sua evolução no tempo, como também a oportunidade de descoberta de toda uma liguagem de símbolos e de imagens que permitem entender a identidade cultural daquela população.
Mulher romana: autocuidado e beleza
A mulher romana dava grande atenção aos cuidados com o corpo e com a beleza em si. Para valorizar os traços do rosto, a maquiagem e os penteados eram escolhidos cuidadosamente e, incrementados com laços, pérolas, diademas e brincos dourados.
Elas também cuidavam de como se vestiam : túnicas, chales e vestes em tecidos refinados, às vezes, com cintura marcada, acessórios luxuosos, de joias deslumbantes em ouro e pedras preciosas, tais como, esmeralda e pérolas.
Voilà ! a exposição Pompeia no Grand Palais fez grande sucesso no curto período em que pôde ser aberta ao público francês, que coincidiu com período de fechamento das fronteiras da França para o turismo internacional.
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